Primeiro Encontro SAPIEN
1.º Encontro SAPIEN
"Experiências que transformam: inovação pedagógica e colaboração no ensino superior"
30 de junho a 2 de julho
Online e Presencial no Campus de Ponta Delgada da Universidade dos Açores
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Breve síntese do evento
O 1.º Encontro SAPIEN convidou docentes, formadores e especialistas nacionais e internacionais a refletir sobre a Inovação Pedagógica no Ensino Superior, afirmando-se como mais do que um simples evento – foi uma oportunidade para repensar o papel dos docentes como agentes de mudança, o reforço de redes de colaboração e a cocriação de soluções transformadoras para o Ensino Superior em Portugal, num caminho partilhado rumo a um sistema mais inovador, inclusivo e colaborativo que prepare os estudantes para os desafios do século XXI.
O primeiro dia foi aberto ao público e contou com conferências e mesas redondas, nas quais se discutiram estratégias de ensino centradas no estudante, a importância das comunidades de prática e o papel das tecnologias digitais no contexto do Ensino Superior.
O evento teve início com a sessão de abertura institucional, que contou com as intervenções da reitora da Universidade dos Açores, Susana Mira Leal, do coordenador do SAPIEN, Carlos Carreto (Universidade NOVA de Lisboa), e do Diretor-Geral do Ensino Superior, Joaquim Mourato, que enquadrou a Inovação Pedagógica face aos desafios do Ensino Superior na Europa.
Seguiu-se a conferência de abertura, proferida por João Filipe Matos, professor jubilado do Instituto de Educação da Universidade de Lisboa e membro coaptado do Conselho Estratégico do SAPIEN, que abordou o papel das comunidades de prática e da Inovação Pedagógica no Ensino Superior.
Durante o dia decorreram duas mesas redondas dinamizadas por docentes representantes das nove instituições de Ensino Superior que integram o consórcio SAPIEN. A primeira delas intitulou-se “Caminhos de Renovação no Ensino Superior: Experiências e Visões” e proporcionou momentos de partilha de práticas em torno do ensino centrado no estudante, da avaliação, da inclusão e de metodologias ativas como o Problem-Based Learning e o Case-Based Learning, ilustrando uma diversidade de contextos e abordagens pedagógicas. A segunda mesa redonda, denominada “Caminhos de Renovação no Ensino Superior: Desafios da Era Digital”, deu enfoque a temas como a integração de novas tecnologias digitais nos processos de ensino e a utilização de ferramentas de Inteligência Artificial nas práticas da sala de aula.
Os trabalhos da parte da tarde começaram com a conferência de Danny Bielik, presidente do Digital Education Council, subordinada ao tema “The changing face of teaching and learning in the era of AI”, momento que constituiu uma oportunidade de reflexão sobre os desafios emergentes trazidos pela inteligência artificial ao ensino e à aprendizagem.
O final da tarde ficou marcado por um momento de partilha com estudantes do Conselho Estratégico do SAPIEN, que ofereceram uma perspetiva crítica e construtiva sobre o impacto das práticas pedagógicas no seu percurso académico, sublinhando a importância de um Ensino Superior mais inclusivo, colaborativo e centrado no estudante.
A sessão de encerramento do dia 30 de junho ficou a cargo de Patrícia Rosado Pinto, presidente do Conselho Nacional para a Inovação Pedagógica no Ensino Superior (CNIPES), que apelou à consolidação de redes de colaboração e à valorização contínua do trabalho docente, como pilares de uma verdadeira transformação pedagógica.
A manhã do dia 1 de julho reuniu os formadores do SAPIEN e foi dedicada à análise de um conjunto de dados relativo ao curso de formação de base para a docência “Ensinar e Aprender no Ensino Superior” que contou no ano letivo de 2024/2025 com a matrícula de mais de 400 docentes das 9 instituições de Ensino Superior que integram o SAPIEN. Esta formação, promovida pelo consórcio SAPIEN e concretizada como microcrendencial pela Universidade de Évora, constitui-se como uma formação básica relevante para ensinar no Ensino Superior, dando a conhecer métodos e estratégias diversificadas de ensino e de avaliação das aprendizagens dos estudantes, recursos adequados para apoiar o ensino e aprendizagem, nomeadamente recursos digitais, e formas de preparar e conduzir as práticas letivas.
Dos dados considerados, destacou-se a análise de conteúdo dos trabalhos finais e o feedback dos formandos recolhido através de um questionário de satisfação aplicado no final da formação, bem como dos testemunhos partilhados nas sessões de encerramento das 5 edições realizadas em 2024/2025, que abrangeram um total de 20 turmas.
Tendo em vista a disponibilização desta microcredencial no próximo ano letivo, seguiu-se uma sessão de brainstorming orientada pela técnica “Think–Pair–Share”, que envolveu o grupo de formadores na reflexão conjunta em torno de questões como: “O que correu particularmente bem?”, “Que desafios enfrentámos?” e “O que deveríamos mudar ou melhorar numa próxima edição?”.
A partir da tarde do dia 1 de julho, decorreram reuniões de trabalho do Conselho Executivo do SAPIEN, com vista à definição das linhas de ação para o próximo ano letivo.