Ecologia e Gestão de Ecossistemas

« Voltar

Objetivos

1) Conhecer a forma como os principais factores ecológicos condicionam indivíduos e populações;
2) Compreender a estrutura e funcionamento dos ecossistemas;
3) Compreender a dinâmica dos ecossistemas;
4) Identificar os principais biomas terrestres;
5) Compreender a especificidades da ecologia insular;
6) Adquirir ferramentas para a gestão de ecossistemas.

Programa

Programa teórico


1. Indivíduos e Populações
1.1. Considerações sobre o conceito de Ecologia
1.2. Factores ecológicos
1.2.1. Lei da tolerância de Shelford, Lei dos factores conjugados
1.2.2. Habitat e Nicho ecológico
1.2.3. Factores abióticos
1.2.3.1. Temperatura
1.2.3.2. Água
1.2.3.3. Radiação solar
1.2.3.4. pH do solo
1.2.3.5. Vento
1.2.3.6. Caso estudado: Principais factores abióticos que condicionam a distribuição e abundância de Juniperus brevifolia nos Açores
1.2.4. Fatores bióticos intraespecíficos
1.2.4.1. Competição
1.2.4.2. Canibalismo
1.2.4.3. Efeito de grupo e efeito de massa
1.2.5. Fatores bióticos interespecíficos
1.2.5.1. Competição
1.2.5.2. Predação
1.2.5.3. Parasitismo
1.2.5.4. Parasitoidismo
1.2.5.5. Herbivoria
1.2.5.6. Amensalismo
1.2.5.7. Comensalismo
1.2.5.8. Mutualismo

2. Ecossistemas
2.1. Conceito, componentes e estrutura funcional
2.2. Autotrofia e heterotrofia
2.2. Estrutura em função dos fluxos de energia
2.2.1. Leis da termodinâmica
2.2.2. O ambiente energético
2.2.3. Produtividade
2.2.4. Cadeias alimentares, teias alimentares e níveis tróficos
2.2.5. Estrutura trófica e pirâmides ecológicas
2.3. Estrutura em função dos ciclos biogeoquímicos
2.3.1. Ciclos do tipo gasoso: água, carbono e azoto
2.3.3. Ciclos do tipo sedimentar: fósforo
2.4. Desenvolvimento e evolução
2.4.1. Sucessão segundo Clements e as visões modernas da dinâmica de ecossistemas
2.4.2. Sucessão primária e secundária
2.4.3. Dinâmica da fase madura
2.5. Distribuição no espaço
2.5.1. Fatores que determinam a distribuição dos biomas terrestres
2.5.2. Os principais biomas terrestres
2.5.1.1. Tundra
2.5.1.2. Floresta Boreal
2.5.1.3. Floresta caducifólia
2.5.1.4. Chaparral (Bosques e matos mediterrânicos)
2.5.1.5. Pradarias e Estepes (Pradarias temperadas)
2.5.1.6. Desertos quentes e frios
2.5.1.7. Floresta tropical sazonal (Savana e floresta tropical caducifólia)
2.5.1.8. Floresta tropical húmida

3. Ecologia insular
3.1. Ambiente insular
3.1.1. Tipos de ilhas
3.1.2. Modos de origem
3.1.3. Mudanças ambientais de longo termo
3.1.4. Clima insular
3.1.5. Distúrbios naturais
3.2. Evolução em ilhas
3.2.1. Dispersão e colonização
3.2.2. Respostas à sub-lotação dos nichos
3.2.3. Síndromes insulares
3.3. Biodiversidade insular
3.4. O Atlântico como modelador das comunidades naturais terrestres dos Açores
3.4.1. Efeitos do isolamento
3.4.2. Efeitos da idade e natureza das ilhas
3.4.3. Efeitos da Corrente dos Açores
3.4.4. Efeitos dos distúrbios naturais
3.5. Ecossistemas naturais dos Açores

4. Ecologia aplicada
4.1. Principais causas de perda de biodiversidade global
4.2. Gestão e conservação da natureza
4.1.1. Conceito e importância aplicada da biodiversidade.
4.1.2. Instrumentos nacionais e internacionais de conservação da natureza
4.1.3. Rede Natura 2000 e o sistema regional de áreas protegidas
4.3. Renaturalização e biorremediação

 

Programa prático
Tema 1. Normas para a elaboração de relatórios científicos
Tema 2. Influência da luz e humidade no comportamento de Oniscus asellus.
Tema 3. Produtividade primária líquida em pastagens.
Tema 4. Biodiversidade e sequestro de carbono em ecossistemas florestais da ilha Terceira
Tema 5. Rede Natura 2000 e o Sistema Regional de Áreas Protegidas
Tema 6. Principais causas de perda de biodiversidade global; Biorremediação

Métodos de ensino

1. Exposição de conteúdos teóricos com recurso a Data Show;
2. Discussão de conteúdos teóricos;
3. Aulas de campo;
4. Aulas de Laboratório
5. Discussão de trabalhos apresentados pelos alunos.

Avaliação

Componente teórica
A avaliação consiste de duas provas de frequência (cujas datas são estabelecidas na primeira aula e publicitadas na plataforma Moodle). A nota final da componente teórica será dada pela média das notas da frequência. O(A) aluno(a) terá aproveitamento na componente teórica se frequentar pelo menos 50% das aulas e se obtiver uma nota teórica final igual ou superior a 10 valores. Se o aluno(a) chumbar na época de frequência, poderá realizar um exame teórico na época de exames. O(A) aluno(a) que não compareça a pelo menos 50% das aulas fica reprovado e excluído(a) de exame. Em época de exame, a nota do exame teórico tem um peso de 60% na avaliação final e a nota que constará na pauta resulta da aplicação de fórmula de cálculo da avaliação final (ver abaixo).

Componente teórico-prática
A avaliação consiste de 3 relatórios (relativos aos temas 2, 3 e 4) e 1 apresentação oral (relativa aos temas 5 e 6). A nota final da componente teórico-prática será dada pela média das 3 melhores notas obtidas no conjunto dos trabalhos, incluindo obrigatoriamente a nota da apresentação oral. As datas para entrega dos relatórios e apresentação oral são combinadas com os alunos e publicitadas na plataforma Moodle. O(A) aluno(a) terá aproveitamento na componente teórico-prática se frequentar pelo menos 50% das aulas e se obtiver uma nota teórico-prática final igual ou superior a 10 valores. Para a realização dos relatórios, os alunos têm de estar presentes pelo menos em uma das aulas práticas correspondentes. A avaliação da componente teórico-prática é realizada exclusivamente durante a época de frequência, e os elementos de avaliação têm de ser entregues nas datas estipuladas durante o semestre. O(A) aluno(a) que não compareça a pelo menos 50% das aulas fica reprovado(a) e excluído de exame.

Avaliação final
O aluno será aprovado na disciplina se obtiver aproveitamento na componente teórica e na componente teórico-prática. A nota final será dada pela fórmula:
NF = (0,6 x NT) + (0,4 x NP)
em que NF é a nota final, NT a nota da componente teórica e NP a nota da componente teórico-prática.

 

Bibliografia

  • Anderson, J. M. (1981) Ecology for Environmental Sciences. Edward Arnold. London, England.
  • Begon, M., C. R. Townsend & J. L. Harper. (2005) Ecology from individuals to ecosystems. Blackwell Publishing. Malden, USA.
  • Borges, P.A.V., Santos, A.M.C., Elias, R.B. & Gabriel, R. (2019) The Azores Archipelago: Biodiversity Erosion and Conservation Biogeography. Encyclopedia of the World's Biomes-Earth Systems and Environmental Sciences. Reference Module in Earth Systems and Environmental Sciences (ed. by E. Scott et al.), pp. 1-18. Elsevier, Amsterdam, Netherlands.
  • Colinvaux, P. (1993) Ecology 2. John Wiley. New York, USA.
  • Elias, R. B. (2007) Ecologia das florestas de Juniperus dos Açores. Dissertação de Doutoramento em Biologia, especialidade de Ecologia Vegetal. Departamento de Ciências Agrárias, Universidade dos Açores
  • Larcher, W. (1980) Physiological Plant Ecology. Springer-Verlag. Berlin, Germany.
  • Margalef, R. (1980) Ecologia. Omega. Barcelona, Spain.
  • Miller, T. & P. Armstrong. (1982) Living in the Environment. Wadsworth International. Belmont, USA.
  • Odum, P. (1997) Fundamentos de Ecologia, 5ª edição. Fundação Calouste Gulbenkian. Lisboa, Portugal.
  • Ricklefs, R. E. (1998) Invitación a la Ecología, 4ª edición. Editorial Medica Panamericana. Madrid, España.
  • Whittaker, R.J. & Fernández-Palacios, J.M. (2006) Island Biogeography; ecology, evolution, and conservation. Oxford University Press, 416 p.

Código

0105981

ECTS

6

Aulas

  • Teóricas - 30 horas
  • Teórico-Práticas - 30 horas

Método de Avaliação

  • 1.ª Frequência: 30%
  • 2.ª Frequência: 30%
  • 3 Trabalhos de grupo: 40%