Percepção e Gestão do Risco

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Objetivos

a. Dominar modelos e procedimentos básicos envolvidos no processo de gestão integrada de riscos;

b. Mapear e caracterizar os riscos de saúde pública relacionados com a alimentação, fundamentando científicamente as suas avaliações e predições;

c. Compreender a relevância das percepções dos cidadãos para a gestão integrada desses riscos;

d. Experimentar formas de caracterizar o risco percebido pelos cidadãos de problemas relacionados com a alimentação e de o incorporar em estratégias de mitigação;

e. Adquirir competências estratégicas e instrumentais relativas à operacionalização de modelos de gestão da qualidade e segurança alimentares e à implementação de estratégias de envolvimento e empowerment das populações.

Programa

1. O risco nas sociedades contemporâneas: a) Risco, incerteza e contemporaneidade; b) Saúde, alimentação e risco; Mapeamento de riscos relacionados com a alimentação; Segurança, ética e riscos alimentares; c) A Gestão Integrada de Riscos

2. Caracterizando e avaliando perfis de risco: a) Implicados e diversidade de perspetivas sobre o risco; b) Modelos e abordagens de Perceção de Risco; c) Procedimentos e técnicas de análise do risco percebido pelos cidadãos; d) Representações e atitudes das populações acerca dos alimentos e da alimentação.

3. Promovendo uma cultura de precaução, através da mudança de perspetivas e comportamentos para minimizar o risco e as suas consequências: a) Comunicação de Risco e Gestão Integrada: funções e mudanças de paradigma; b) o Envolvimento dos Cidadãos na gestão de riscos: mecanismos e tipologias; processos e estratégias de consulta, comunicação e participação; o planeamento estratégico da participação (desenho, implementação e avaliação de programas).

Métodos de ensino

São mobilizadas as seguintes estratégias pedagógicas: exposição participada; dinamização de seminários; construção colaborativa de um mapa concetual estruturador das aprendizagens; comunicações orais dos formandos; elaboração domiciliária de fichas de leitura e de recensões críticas de textos; exercícios práticos de produção e de análise de dados; pesquisa documental.

É solicitada a realização de atividades de aprendizagem que contribuem para aferir a aquisição de conhecimentos: resumo de um texto selecionado pela docente; apresentação, no formato de comunicação científica, de uma revisão de estudos de perceção de riscos alimentares; relatório de pesquisa efetuada na perceção de riscos alimentares, com conceção de uma estratégia de comunicação de risco que se adeque aos propósitos de intervenção social decorrentes dos resultados dos estudos de perceção e avaliação de risco.

A disponibilização de materiais e o esclarecimento de dúvidas é assegurado na plataforma Moodle.

Bibliografia

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Eurobarometer 246 (2006). Health and food – TNS Opinion & Social. Brussels: European Commission.

Gonçalves, M. E. , Delicado, A., Domingues, M. & Raposo, H. (2004) O caso da BSE, In Novos riscos, tecnologia e ambiente (pp. 256-291).

McComas, K. A. (2006). Defining moments in risk communication research: 1996-2005. Journal of Health Communication, 11(1), 75-91.

Renn, O. (2006). Risk governance: Towards an integrative approach, white paper nº 1, 2nd ed. Genève: International Risk Governance Council.

Stroebe, W. (2011). Social psychology and health (3th ed.). New York: Mc Graw Hill & Open University Press.

Taylor-Gooby, P. & Zinn, J. O. (2006). Current directions in risk research: New Developments in Psychology and Sociology. Risk Analysis, 26, (2), 397-411.

Código

0200977

ECTS

3

Aulas

  • Teóricas - 10 horas
  • Teórico-Práticas - 13 horas

Método de Avaliação

  • Trabalho Individual e/ou de Grupo: 100%